Moradores da comunidade do Palmital estão sem água potável por causa de defeito na bomba
Publicado no Super Notícia em 08/12/2011
A água usada pra tomar banho, lavar vasilhas e roupas, limpar a casa, fazer comida e até para beber é a mesma: é retirada de um córrego com muita sujeira, deixando um rastro de doenças entre os moradores da comunidade do Palmital, distrito de Ravena, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte.A situação estaria ocorrendo desde 2009, quando a prefeitura deixou de dar manutenção na bomba que retirava água potável de um poço artesiano. A informação é dos moradores, que acionaram os vereadores de Sabará para resolver o problema.
"A explicação da administração é a de que não está realizando os reparos porque ainda está viabilizando o orçamento do município", conta o vereador Ricardo Antunes (PTB).
Ontem, o parlamentar esteve na comunidade para se reunir com os moradores. O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Paulo Lamac (PT) também participou do encontro. Para ele, a prefeitura tem sido negligente com os moradores.
"Muitas pessoas relataram casos de doenças como hepatite e diarreia provocadas pelo consumo da água do córrego, imprópria para o consumo", explica Lamac, que prometeu encaminhar ofícios para o Ministério Público e prefeitura de Sabará, esperando uma solução. "Vamos levar uma amostra da água usada para análise em laboratório", afirma.
Para os moradores, o mais viável seria o reparo da bomba d’água, que abastece 89 casas do Palmital com água potável.
RepresáliaOs moradores acusam o prefeito William Borges (PV) de negar o reparo da bomba por eles terem procurado os vereadores para denunciar o caso. O prefeito não atendeu às ligações da reportagem.
Denúncia de venda
Os moradores do Palmital em Sabará acusam o vereador Gilmar Rocha (PT) de vender água da Copasa fornecida às residências desde o estrago da bomba. Dono de caminhões-pipa, ele seria o responsável pelo abastecimento, cobrando R$ 180 por cada 7.000 litros.
O parlamentar informou que tem um contrato com uma empresa de transportes, por meio do qual fornece os caminhões para que a empresa faça o abastecimento. "Se os motoristas estão vendendo água, eu não sei". A Defensoria Pública da capital vai encaminhar uma representação ao Ministério Público pedindo abertura de investigação para apurar a suposta irregularidade.
O parlamentar informou que tem um contrato com uma empresa de transportes, por meio do qual fornece os caminhões para que a empresa faça o abastecimento. "Se os motoristas estão vendendo água, eu não sei". A Defensoria Pública da capital vai encaminhar uma representação ao Ministério Público pedindo abertura de investigação para apurar a suposta irregularidade.
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